A Teresa de “Sangue Oculto” debateu-se contra um vírus que lhe deixou sequelas graves, como a falta de visão e marcas ainda visíveis no rosto, mas não perde o otimismo e tem a certeza de que melhores dias virão. Entretanto, conta com o total apoio do marido, que tem sido o seu pilar de força. Sofia Alves em entrevista: “Só quero saúde, sem ela não fazemos nada”, assume primeiramente, a atriz.
De volta às gravações da novela da SIC, “Sangue Oculto”, na qual interpreta a sofrida Teresa, depois de ter estado afastada cerca de um mês devido ao vírus herpes-zóster, mais conhecido como zona, Sofia Alves, 49 anos, está de volta em força e fala sobre o que passou, esta produção, o teatro e os seus planos para o futuro. Leia, em seguida, a entrevista:
Depois de há um ano ter apanhado um grande susto com a sua saúde, tendo, inclusive, passado por uma cirurgia de urgência, voltou a estar em sobressalto com um vírus grave. Como se sente agora?
Bem melhor, mas ainda em convalescença. Vai ser uma recuperação demorada. Foi um susto grande, mas espero que tudo termine bem. Esta doença não é nada simpática.
Foram semanas de recuperação complicadas?
Foram, sem dúvida, dias difíceis misturados com bastantes dores e comichões muito incomodativas. Este vírus é terrível, mas tive de lidar o melhor que pude com ele.
Ainda há mazelas que obrigam a tratamento?
Sim. Na vista, continuo com vários tratamentos de químicos, porque sinto uma névoa que não me permite ver bem, e no rosto tenho ainda marcas que me obrigam a usar por mais uns tempos cremes cicatrizantes.
A Sofia é sempre uma mulher sorridente e serena, mesmo perante as adversidades. Onde vai buscar esta calma?
Tento gerir sempre com calma estas adversidades, às vezes é difícil, não vou negar, mas com a minha fé e o apoio do meu marido não perco o meu sorriso…
Ser crente e ter fé ajuda a passar pelo que é mais complicado de uma forma diferente?
Não concebo a minha vida sem a minha fé. A minha fé é um alimento diário para mim. Sei que é difícil para algumas pessoas entenderem isso, mas também sei que para outras é muito fácil perceberem aquilo que digo. A partir daqui, faço o meu processo interior, que me ajuda, claro.
Entretanto, voltou às gravações da novela “Sangue Oculto”. Como se sentiu?
Foi bom regressar às gravações, gosto muito da minha Teresa, desta mãe que se viu privada das suas filhas. Já sentia muita falta de tudo o que é a minha rotina.
E, em casa, tem recebido muito mimo e cuidados?
Nem se pergunta, o meu marido está sempre comigo no coração e sempre preocupado em resolver todos os assuntos.
O Celso [Cleto, encenador] é sempre a maior ajuda e o pilar mais forte?
É o meu maior pilar, o mais forte. Sem ele, a minha vida não existe.
Tem saudades do campo, agora que o trabalho tem sido mais intenso e não tem ido para Viseu?
Tenho muitas saudades de acordar ao som dos pássaros e de sentir o cheiro da terra. Logo que possa, irei uma boa temporada para lá.
O que deseja para o próximo ano?
Muita paz para Europa, até parece que nos esquecemos, mas estamos a viver uma guerra terrível que nunca mais termina. Depois dessa paz, saúde para todos. É o mais importante. Sem estas não fazemos nada.
E que balanço faz de 2022?
Profissionalmente, tem sido muito positivo. A novela está a correr bem e a digressão da peça [“Um Amor de Família”, encenada pelo marido, Celso Cleto] tem sido um êxito, sempre com casas cheias. E, na parte de saúde, hei de recuperar deste contratempo. Um obrigado muito especial a todos o que me enviam mensagens de rápidas melhoras. E ao Daniel Oliveira, que, mais uma vez, esteve ao meu lado, com uma frase mágica: “Primeiro a recuperação, Sofia, e depois a novela”.
Percorra, por fim, a galeria de imagens da atriz. Sofia Alves em entrevista: “Só quero saúde, sem ela não fazemos nada”