Na gala de aniversário da TVI, no último domingo, 18 de fevereiro, Mónica Jardim foi surpreendida com uma homenagem. A apresentadora, que já trabalha no canal há 20 anos, mostrou-se emocionada com o vídeo que recorda a sua carreira. Da mesma forma que Cláudio Ramos emocionou-se ao ver a homenagem a Mónica Jardim.
Sendo assim, na última segunda-feira, dia 19, o apresentador recorreu às redes sociais para explicar o motivo das lágrimas. “Hoje toda a gente me perguntava porque me emocionei na homenagem que se fez à Mónica Jardim na Gala de aniversário da TVI. Emocionei-me porque me revi”, escreveu, em primeiro lugar.
Logo depois, Cláudio Ramos continua a destacar o trabalho de Mónica Jardim. “Não foi ‘só’ uma homenagem à Mónica, foi a todos os apresentadores e apresentadoras que trabalham por vocação e gosto numa carreira e num meio veloz que nem sempre é justo. É preciso dizer que nem todos os apresentadores neste País merecem tamanha homenagem, porque muitos não estão na profissão por amor a ela, mas por amor ao que ela pode trazer.”
Então, o apresentador continua: “Ainda assim somos muitos profissionais e as grandes oportunidades não chegam para todos. Somos um País pequeno. A Mónica está há 20 anos na televisão e desde o primeiro dia que engrandece a profissão porque, tal como Eu, ela acha que não há trabalhos menores na apresentação. Há projectos e todos devem ser feitos com dedicação porque o foco é o público, e ela tem demonstrado isso neste caminho bonito.”
“Esperei mais de vinte anos para ter o programa de televisão que era o meu desejo”
Entretanto, Cláudio Ramos aproveitou para falar sobre os desejos profissionais. Isso porque, apesar de estar há 20 anos na TVI, Mónica Jardim permanece sem ter um programa próprio. Ou seja, apresenta o “Somos Portugal” e faz substituições de outros apresentadores pontualmente. “Seguramente gostaria de ter mais oportunidades, outros desafios, grandes formatos e já deve ter, na vida profissional, vivido situações que considerou injustas.”
Aliás, o apresentador fez questão de comparar a situação de Mónica com a que viveu anteriormente. “Quando digo que me revi nela, foi porque a mim aconteceu tudo isso e mais um pouco. Eu esperei mais de vinte anos para ter o programa de televisão que era o meu desejo e objectivo profissional e hoje sinto-me, nesse campo, absolutamente realizado, o que seguramente alimenta a esperança a quem acredita que um dia as coisas chegam, não nos podemos é travar na dedicação, no foco e nunca achar que ‘já perdemos a viagem’. Nunca se sabe quando numa esquina qualquer o rumo da história muda. Olhem para mim!”
Por fim, Cláudio Ramos destacou: “O que a organização da Gala fez à Mónica foi valorizar o seu trabalho, foi enaltecer os seus vinte anos de dedicação. Que bonito que foi. E emocionei-me, porque na Mónica estava a personificação dos muitos e muitas que lutam por isto com dignidade e não por vaidade.” Para finalizar, o apresentador comenta a homenagem feita a Manuel Luís Goucha. “Muitos dizem que estou um ‘vidrinho’ não sei se estou. Sou justo. Tento ser sempre. Também me emocionei com o Manel, mas foi por outras razões e ao Manel o País inteiro reconhece o mérito.”