O cerco começa a apertar-se para Nazaré, que, mesmo depois de descobrir o paradeiro da sua mãe e salvá-la das mãos de Félix, não vai conseguir ver-se livre da chantagem do vilão. De regresso a casa, Matilde recebe outra boa notícia: vai poder finalmente voar para Londres, onde será operada. Mas este momento coincide com outra triste realidade: Duarte apresentou a coleção cápsula com Philippe Starck, o primeiro cliente que conseguiu quando assumiu a presidência, e foi um fracasso. A viver um misto de emoções, a pescadora vai até à empresa para falar com Verónica e avisa-a de que precisa que lhe paguem o voo para partir no dia seguinte.
“O Duarte também já fez as malas?”, indaga a vilã, para surpresa da rapariga. “Só pagamos a operação da tua mãe se o Duarte for contigo”, ameaça a mãe de Érica. Nazaré percebe de imediato os planos. “Eu arrasto-o para fora do País e vocês ficam para aqui a tramar uma maneira de o afastar da presidência. Como é que querem que eu o convença a vir comigo?”, pergunta. “Diz-lhe que não consegues fazer isto sem ele, precisas de apoio, de um ombro para chorar caso a operação corra mal…”, sugere Verónica, manipuladora. A filha de Matilde sai do local, irritada.
Félix manipula o sobrinho
Nazaré corre para o escritório do namorado e pede-lhe que vá com ela. “Não posso, Nazaré. A empresa está o caos, o representante do Philippe Starck quer cancelar o contrato com justa causa… Imaginas o dinheiro que podemos perder?”, justifica-se. Apesar de não querer, a jovem tenta manipulá-lo. Félix surge de repente e apoia-a, deixando o sobrinho dividido. “Se tens de ir com ela, eu e a tua tia somos perfeitamente capazes de tomar conta da Atlântida”, solta.
“Por favor, vem comigo”, insiste Nazaré. Duarte abraça-a e dá-lhe um beijo. “Liga-me a que horas for, numa emergência eu compro a primeira passagem…” A rapariga acaba por deixar o local e o vilão volta a insistir. “É uma operação delicada e perigosa, imagina que alguma coisa não corre bem? Se a mulher morre, vais culpar-te para sempre por não estares lá com ela”, sugere.
A fuga
Mais tarde, em casa, Nazaré prepara tudo com a mãe. De repente, toca a campainha. É Duarte, que diz estar pronto a embarcar. A namorada agradece-lhe. “Quero ajudar mais, deixa-me pagar a operação”, diz o sobrinho de Félix. Tensa, Nazaré recusa e dá-lhe um beijo. “Vamos salvar a minha mãe, é só isso que interessa.”
No dia seguinte, já em Londres, Duarte e a namorada assistem à cirurgia de Matilde na galeria do bloco operatório. O ambiente é tenso, mas controlado até que, de repente, as máquinas começam a apitar. Assustada, a pescadora aproxima-se. “O que é que se passa? Porque é que está tudo a apitar?”, questiona. O médico grita. “Temos de parar a hemorragia.” Ao longe, Nazaré, que não percebe inglês, não entende o que este está a dizer e começa a gritar. “Mãe!” Duarte abraça-a, tentando acalmá-la, e explica que nada de mal vai acontecer.