Na tarde da última quarta-feira, 10 de julho, José Castelo Branco esteve no programa de Júlia Pinheiro na SIC para falar do caso de violência doméstica do qual é suspeito. E durante a entrevista, a apresentadora chegou mesmo a confrontar o socialite em direto.
“Havia circunstâncias em que a Betty ficava virada consigo?”, quis saber, em primeiro lugar, Júlia. “Eram zangas normais em que ela não queria sair. Ela queria ficar na cama e eu dizia ‘Let’s go'”. Então a apresentadora quis saber se o socialite achava que a mulher estava na iminência de ficar acamada. “Havia esse perigo. E por haver este perigo… A Betty dizia-me: I’m old, e eu dizia: No, you are gorgeous. Tudo o que eu fiz na minha vida foi pela Betty”, disse o marchand de arte.
Depois, a apresentadora recordou que conhece o casal há muitos anos, mas que mais recentemente questionava-se sobre a forma como Betty Grafstein apresentava-se em público. “Por vezes notava-se que a senhora estava muito idosa para estar tão produzida. E pensei muitas vezes: Isto não configura uma espécie de abuso?” Entretanto, o socialite negou, novamente, que o que fazia pela mulher seria um abuso.
“Se fosse meu marido, eu ficava muito zangada”
“Isso tudo configura muito trabalho seu. Entrega total. Isso às vezes não o deixava um bocadinho irritado?”, perguntou então a apresentadora. “As pessoas conseguem mentir durante um tempo, mas todo o tempo não conseguem. Eu posso ter muitos defeitos mas não sou mentiroso”, respondeu, negando que se irritava. “Eu tinha a reação normal, eu dizia Betty please, you need to help me. Tenta me ajudar, tenta colaborar. Porque ela chegou a uma altura em que ela não ajudava. Comprei-lhe os sapatos todos, toda a roupa”. Ao que Júlia respondeu: “Se calhar não comprava os adequados. Só comprava aqueles que ficavam bem no figurino. Chega a uma altura que se calhar temos de pôr ortopédicos”.
“Vai me dizer que isto é violência doméstica? Querer o bem da pessoa? Atenção, a Betty gostava”, afirmou José Castelo Branco. “Vou ser inteiramente franca consigo. Se eu tivesse 95 anos, e o José fosse meu marido e me obrigasse a sair, pode crer que eu ficava muito zangada”, confrontou, então, Júlia Pinheiro.
Sobre a investigação que está em curso, José Castelo Branco continua a alegar a Júlia Pinheiro que não é culpado de violência doméstica e que as provas apresentadas pela acusação são manipuladas. “Quero que haja julgamento. Mesmo que queiram arquivar, eu faço questão que haja julgamento. Eu quero mostrar a minha inocência.”