“Foi o balé que deu o equilíbrio e resistência para a vida”, assume em primeiro lugar, a pivô do canal de notícias. Isaura Quevedo é um dos rostos da informação da CNN Portugal e fala do seu percurso. A jornalista lembra o seu percurso de vida, que quase teve um desvio profissional. E dos desafios, das referências televisivas, da importância do balé na sua formação assim como, dos seus grandes amores.
O jornalismo tirou a timidez desta pivô e repórter que, na adolescência, pensou em seguir Gestão e Finanças. Aos 30 anos, Isaura Quevedo é elogiada, nas redes sociais, pela sua “credibilidade” e “rigor” aos finais de tarde na CNN Portugal… mas também pela “beleza”. Contudo, ela reage, envergonhada, e mostra-se apaixonada pelo “pilar” da sua vida, o marido, Miguel Fidalgo, e pelos dois cães “velhotes”, Butchie e Dexter. Em suma, o balé ensinou-lhe o que é o sacrifício e a estação de televisão deu-lhe mundo. Adepta de pilates e ioga, a comunicadora admite que um dos seus guilty pleasures é… a “trash TV”.
Como é que surge a paixão pelo jornalismo?
“Inicia-se logo na Licenciatura na Universidade Lusófona. Acabei por me candidatar tarde ao curso de Jornalismo porque foi quase um desvio de carreira. Era para seguir Economia e Finanças, mas, à última hora, disse: ‘vou para aquilo que quero, não me estou a ver a estudar mais três anos disto!’. Quando comecei a estudar para aquilo que viria a ser a minha profissão percebi que tinha feito a escolha certa. O curso dava-me prazer e as aulas práticas eram muito entusiasmantes“, diz, primeiramente.
Comecei a sentir a experiência do jornalismo a sério aqui, no estágio que fiz na TVI. Percebi o contacto com as fontes, a maneira de fazer uma peça, a corrida para entregar uma reportagem para o jornal ou ir lá para fora fazer diretos pelas primeiras vezes.”
Em Madrid, por exemplo, na Cimeira do Clima…
“Fui enviada especial, foram muitos dias e muito intensos! Tratou-se da primeira vez que viajei em trabalho e achei interessante ver os outros jornalistas internacionais a trabalhar.”
A experiência no digital, na NIT e na “Vogue Portugal”, deu-lhe outra bagagem?
“Deu-me bagagem na escrita, essencialmente. A “Vogue Portugal” foi muito importante nesse sentido, tive uma ótima editora no online que era muito rigorosa com o português. Deu-me uma oportunidade para errar, para corrigir e fazer melhor. A escrita é a base de tudo aquilo que nós fazemos.”
E nas rádios, na Comercial e na M80?
“A minha passagem pela rádio foi mais curtinha, mas acho que, ainda assim, importante: tinha descrença que o meu percurso no jornalismo ia passar pelo audiovisual. Era uma pessoa muito tímida, não gostava de estar à frente dos microfones, estranhava a câmara e achava sempre que a minha zona de conforto era a escrita. Mal sabia que iria experimentar o estágio na TVI, entender o dia a dia e gostar muito do ambiente na redação.”
Começou por que área noticiosa?
“Entrei na editoria de internacional, que tem muitos seniores, nomes como a Cristina Reyna, o Filipe Caetano… dá-nos uma base jornalística muito forte e também nos faz abstrair dos temas nacionais, pois percebemos que fazemos parte de um contexto internacional. Nessa altura, cobri eventos como a saída do Reino Unido do Brexit e a eleição do Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos que, na altura, nos surpreendeu a todos.”
E chegaram as madrugadas na CNN Portugal…
“Gostei muito de fazer o “Novo Dia”, a equipa era espectacular, o registo do jornal foi diferente, tanto que começou a ser replicado por outros formatos da concorrência. Há um ritmo muito específico nas manhãs, rápido, passamos só a informação essencial e repetimos em ciclos para que as pessoas que estejam em casa irem ouvindo aquilo que precisam. O facto de termos a presença do pivô no Porto para dar as geografias todas ao jornal foi muito importante. Foi o meu primeiro jornal que me deu as ferramentas todas para aquilo que faço hoje – contei com a ajuda de todos os meus colegas, do André [Neto de Oliveira] e da Diana [Bouça-Nova], que já estavam no “ar” há mais tempo.”
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Percorra, por fim, a galeria de imagens. Isaura Quevedo é um dos rostos da informação da CNN Portugal e fala do seu percurso.