O dia mais esperado está prestes a acontecer. Justino vai revelar a Cacau que está vivo e deixá-la verdadeiramente rendida. Tudo acontece depois de a mestre chocolateira voar para Portugal. Assim, em “Cacau”: Cacau e Justino têm reencontro emotivo.
No quarto, o empresário está a conversar com Lola e Jaime, quando batem à porta. Do outro lado estão Marco e a mestre chocolateira. Ele deita-se de imediato e continua a fingir estar em coma. Ao vê-lo sem recuperar, Cacau olha-o, triste. Perante aquela cena, a mãe de Lalá não aguenta mais e ordena ao empresário que pare de fazer teatro. “Deixe-se já de fitas. Porte-se como um homenzinho e receba a sua filha direito, se faz favor”, diz.
Nesse instante, Justino abre os olhos, levanta-se e encara-a. “Isto é tudo um grande milagre, filhinha. Essa é que é essa…”, insiste a empregada, enquanto o genro lhe diz que é melhor deixá-los sozinhos. “Estou muito orgulhosa de si, Tininho”, diz ela para Justino, virando-se em seguida para Cacau: “Bem sei que gostas muito do pai com quem cresceste. Mas olha que este outro que a vida te deu, regressou dos mortos para te conhecer melhor”, diz.
“Não sei bem o que lhe dizer”
A sós com o pai, a mestre chocolateira mostra-se muito emocionada. “Não sei bem o que lhe dizer… estou muito feliz de o ver de pé e a reagir. Mas não sabe como lhe queria poder dizer… que não queria nada disto… que não queria ser sua filha… Não me interprete mal. Poder ser sua filha, é uma honra… Mas não pelo seu dinheiro. Só pelo homem que é. O senhor é a pessoa que mais admiro desde pequena. Para mim, era o patrão… o homem de sucesso, mas também alguém que pertencia a um mundo totalmente diferente do meu. Nunca poderia imaginar que…”, afirma, enquanto ele se tenta manter em pé.
Mas a filha aproxima-se e ajuda-o a sentar-se na cadeira. “Foi o senhor que me deu quando nasci. Lembra-se? Agora… para mim isto é bem mais difícil do que possa pensar. Porque amo profundamente o pai que me criou… e lutei bastante com a ideia de que ter um outro pai faria com que o Quim deixasse de ser quem era na minha vida. Mas já percebi que não. Porque só um pai de verdade me poderia amar como ele sempre amou. E apesar de ele me ter escondido este segredo terrível, entendi que o fez para me proteger, tal como o acabou por revelar por amor. Para não me cortar as pernas… para eu poder ir atrás dos meus sonhos… apesar de, no final, ter corrido tudo ao contrário”.
“Você não teve culpa”
Nesse instante, Justino desaba num pranto. “Não chore. Você não tem culpa. Também não sabia de nada. Mas… há uma coisa que sempre me angustiou: que é a sua família achar que estou atrás do seu dinheiro. Se estou aqui, é porque a Bela Vista é a minha vida. E a sua família não só me quer tirar a produção do chocolate, como nos expulsou da fazenda, mesmo depois de eu ter dito que não ia fazer nada para tentar provar que era sua filha. Foi isso que me obrigou a reagir”, continua Cacau.
Pasmo, o empresário fala pela primeira vez e mostra-se surpreendido por a filha ter sido expulsa da fazenda. Ela conta-lhe o que se passou. “O senhor consegue falar? Desculpe estar neste estado, mas é que não contava mesmo vê-lo tão bem. A falar e tudo… Não sabe como estou feliz”, dispara, abraçando-o. Ele retribui o carinho e pede-lhe que não conte a ninguém o que acabou de presenciar, assegurando que a família lhe poder fazer mal.
Em seguida, diz que Quim fez um grande trabalho ao criá-la. “Teres sido criada pelo Quim foi o melhor que te aconteceu. Se não tinhas ficado como a Sal”, diz. É então que Jaime surge com o enfermeiro e os interrompe para que possam fazer o teste de ADN. Por fim, Justino insiste que quer mesmo assumi-la como filha.
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