“Senti alguma coisa a passar por baixo do carro, mas pensei que eram peças do carro”, disse o condutor do Opel Corsa na altura. Segundo apurámos, é português, emigrado na Bélgica, local de onde é a sua carta de condução. Chama-se Alberto, nasceu em 1956. O carro, cinzento, de 1300 cc, é um Opel Corsa de 5 lugares (ligeiro de passageiros), alugado à Guerin rent-a-car de Vila Real, no dia 23 de Junho último. Foi levantado às 16.30 h e devolvido na manhã de 25 de Junho, tem a matrícula 00-JJ-95. A tvmais tem tentado chegar à fala com este condutor, mas até ao momento todas as tentativas se goraram.
Falta saber
A causa de morte de Hélio Van Dunen. Morreu quando foi cuspido, ou faleceu por, após a projecção do BMW, ter sido atropelado? O Opel Corsa está batido do lado direito. Em que faixa circulava e a que velocidade ia? Do BMW de Angélico, a tvmais sabe que a memória do carro assinala uma velocidade de circulação superior a 250 km/h no momento do embate. Ora é sabido que o Opel não circulava a essa velocidade (o carro não tem motor para tanto). Então, assim sendo, como é que se deu o acidente?
Rebocado à revelia
Não são conhecidas fotos detalhadas do BMW, nem do Opel Corsa, no local da tragédia. Por o acidente ter mortos, foram chamados os agentes do Núcleo de Investigação Criminal – Acidentes de Viação da GNR (NICAV). Quando estes terminaram a inspecção ao trilho deixado pelos destroços do acidente, já o BMW 635D e o Opel Corsa estavam em cima do reboque. Ninguém sabe quem deu a ordem. Sabe-se que o local não foi preservado o suficiente para que os especialistas pudessem recolher materiais e fotos com os carros (BMW e Opel) imobilizados no local do acidente. A tvmais já tinha dito em anteriores edições que a partir do sítio onde os carros se imobilizaram um especialista do NICAV percorreu de forma inversa 2 km de auto-estrada, encontrando desde chinelos, a gira-discos, bens pessoais, bateria (estava a 1,5 km) e destroços diversos.
O acidente
3.25 h de sábado, 25 de Junho. Na A1, ao km 258 (sentido Porto-Lisboa), seguem num BMW 635D cabriolet, Angélico Vieira e Hugo Pinto, nos bancos da frente e Armanda Leite com Hélio Van Dunen, nos de trás. Quando faltam 3 km para a saída para Estarreja, o carro sai de rota e capota ao longo de centenas de metros. Hélio Van Dunen é cuspido e (talvez) atropelado por um segundo carro (Opel Corsa) que circulava no mesmo sentido. Hugo Pinto saiu com ferimentos ligeiros e terá pedido socorro nas portagens (menos de 100 m). Angélico ficou preso nos destroços do carro e inconsciente, a menor Armanda apareceu caída no chão.
Jantar em Baiona, morrer em Estarreja
Foi um funcionário da Auguscar quem entregou o BMW 635D a Angélico. O cantor teve o carro na mão pouco mais de uma hora. Às 3.25 h deu-se o acidente. Angélico terá dito pretender transferir o seguro do Ferrari para o BMW 635D. Mas não terá chegado a fazê-lo. Naquele fatídico sábado, jantou em Baiona, Espanha, e regressou num BMW 530 por Vila Nova de Cerveira, até à Póvoa de Varzim. Com ele viajaram Anita e os seus amigos. A seu pedido expresso, o stand preparara o BMW 635D para lhe entregar nessa noite. Angélico entregou o carro em que regressara de Espanha e recebeu o bólide na Póvoa de Varzim. Depois deixou Anita no Porto e viajou para Lisboa.
Nota: Por vontade do autor, este texto não segue as regras do novo acordo ortográfico