Quando souberam que iam trabalhar juntos em “Sol de Inverno”, Luciana Abreu, 28 anos, e Rui Unas, 39, anteviam que iam divertir-se, até porque não era a primeira vez que os escolhiam para o mesmo projeto. Conhecem-se há quase oito anos e sempre que partilharam o plateau a animação esteve garantida. Neste caso, não é diferente, como confidenciaram à tvmais num dia em que estiveram em direto na Rádio Renascença.
A dupla que interpreta o hilariante casal formado por Fátima e Carlos na novela da SIC até tem dificuldade em deixar de rir sempre que entra em cena. “É muito fácil trabalhar com o Rui. Sinto uma química muito grande e ele o mesmo comigo. Divergimos um bocado em certos assuntos, mas respeitamo-nos e gostamos um do outro”, afirma a atriz com total conivência do colega. “Nós divergimos em tudo. Estamos sempre a discutir. Religião, discutimos. Educação dos filhos, discutimos. Temos formas diferentes de ver a vida, mas isso não significa que nos dêmos mal. Antes pelo contrário: damo-nos mesmo muito bem e isso torna o trabalho fácil. A verdade é que nos surpreendemos e divertimos imenso um com o outro e estas personagens ainda potenciam o facto”, acrescenta a rir.
A cumplicidade entre eles é tão grande que até conseguem adivinhar o que o outro vai dizer quando improvisam. “um diz mata, o outro esfola”, garante Lucy, divertida. Nem as cenas românticas inibem estes dois. “Não são complicadas. Temos noção do nosso trabalho e do que nos é pedido”, refere aquela que dá vida a Fatinha. “Nós temos muitas cenas de cama mas são marotas e cómicas”, conclui Unas.
Na rua, todos os abordam e brincam com eles, afinal têm feito enorme sucesso com estas personagens. “Claro que ficamos muito contentes por estarmos num projeto que é acarinhado pelo público e acho que é merecido, porque esta produção é extraordinária”, refere o motorista da novela. Um regresso em pleno para os dois. “Apesar de estar num registo que me é familiar, é um desafio, porque tem uma incidência muito grande num núcleo de que as pessoas gostam bastante. Sinto essa responsabilidade, mas tenho a benesse de ter a Luciana ao meu lado e um papel muito bem escrito”, sublinha. A colega frisa o facto de ser a primeira vez que se sente “atriz de verdade”. E explica porquê: “A Fátima foi construída de raiz, não se identifica comigo ou é parecida e isso dá-me imenso gozo. Gosto de usar as expressões do Norte, de poder brincar com isso”.